sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Chegada de Obama traz esperança de acordo na COP-15



Política, promessas, ciência e protestos. Nas últimas duas semanas, Copenhague foi fonte de esperança e decepção. A Reunião do Clima, convocada para discutir o futuro do planeta, está chegando ao fim. Até agora não se sabe ao certo no que vai dar.


Na quinta-feira à noite, por iniciativa do presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi feita uma reunião com os principais líderes mundiais. A decisão foi endossada pelo presidente Lula. Com isso, muito já foi decidido.

O presidente americano Barack Obama chegou ao Belacenter e está reunido com os líderes mundiais. Praticamente vem para ratificar o acordo.

Este era o momento mais esperado da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas: a chegada do presidente americano Barack Obama traz a esperança de que os 193 países cheguem finalmente a um acordo para reduzir a poluição e salvar o planeta.

Foram doze dias de negociações, protestos, e muita desconfiança na capital dinamarquesa. Países ricos, que dependem da indústria para continuar a crescer, resistiam à ideia de cortar a emissão dos gases que esquentam o planeta.

Países em desenvolvimento buscavam saídas para que o acordo não os impedisse de crescer. Os mais pobres, os mais atingidos pelas mudanças do clima, buscavam ajuda para enfrentar o aquecimento e a subida do nível do mar.

Não faltaram momentos dramáticos. Países africanos ameaçaram abandonar a conferência depois da divulgação de uma proposta que favorecia os ricos. Estados Unidos e China, rivais econômicos e também os maiores poluidores, disputavam uma queda de braço para não permitir vantagens um ao outro.

O impasse só fez aumentar os protestos, até o pedido de renúncia da presidente da conferência, a dinamarquesa Connie Hedegaard. Com a chegada dos chefes de estado e de governo, a situação começou a mudar.

Na quinta-feira à noite, o presidente Lula e o presidente francês Nicolas Sarkozy anunciaram uma reunião extraordinária, da qual participaram 26 líderes. Depois de três horas, saiu uma proposta que parece estar perto de ser aceita pela maioria.

O que ficou acertado nesse documento é que o aquecimento médio máximo será de 2ºC. A ideia é que fosse de 1,5ºC. A projeção de redução de emissões de CO2 para 2050 pode ser de 50%. Os países ricos participarão com 80% desses cortes, o que é um avanço.

Para 2020, discute-se, principalmente na União Europeia, o corte de 20%, que pode chegar a 30%, se os Estados Unidos aumentarem a oferta. Atualmente os Estados Unidos cortam 4% da emissão. Foi acordada a criação do Fundo Global de Ajuda aos Países mais Pobres. Seriam US$ 100 bilhões ao ano. Ainda não foi definida a periodicidade de ajuda, nem se os países em desenvolvimento vão participar.

(fonte site G1.globo)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Vergonha em residir neste país!

Em breve publicarei pela primeira vez um texto meu,já que desde a criação destas memórias não tive oportunidade, devido a tumultuada, corrida e neurótica vida de vestibulando em que me encontro, de me expressar de maneira mais direta e de autoria própria,mas sempre registrando de maneira indireta minhas e nossas memórias.


(If)

História se repete e, mais uma vez, Arruda é desmentido



É a segunda vez que José Roberto Arruda deixa um partido por causa de um escândalo político. Em 2001 foi depois da violação do painel do Senado, quando ele deixou o PSDB. E ele conseguiu reconstruir a imagem junto ao eleitorado. Agora, a estratégia dele é entregar o anel para ficar com os dedos.

Até foi bom para o partido. Evitou desgastes mútuos. É possível até que o presidente do DEM, Rodrigo Maia, já tivesse sugerido para Arruda, com uma bandeira branca, que ele renunciasse para ficar tudo bem.

Ele entregou a possibilidade de reeleição, que já valia pouco. A imagem estava desgastada nos panetones, nas meias, nas cuecas, nas cargas de cavalaria. Arruda mantém o bloqueio de impeachment no Legislativo local, isso é importante. O novo corregedor, por exemplo, é amigo pessoal dele, foi seu secretário de Justiça.

Os deputados do DEM, do PMDB e de outros partidos que supostamente deixaram o governo, vão bloquear o impeachment, porque, afinal, o que os une não é P de partido, mas P de pagamento, que é supra-partidário. É aquele dinheiro vivo, que o país inteiro viu trocar de mãos em um gigantesco esquema.

No anúncio, o governo fala em “sede por atos midiáticos”: “Com esse gesto, evito o constrangimento dos meus amigos e companheiros de partido, de ter que decidir entre saciar a sede por atos radicais e midiáticos, ou julgar com amplo direito de defesa”.

De fato, são fortemente midiáticos, por exemplo, a imagem do governador recebendo dinheiro, deitado em um divã, o dinheiro da cueca, o dinheiro que vai na meia. É midiática a imagem da deputada que entra e, depois, preocupada, tranca a porta e sofregamente vai colocando dinheiro na bolsa. Por fim, a oração, que foi demais.

Exceto à primeira imagem, de quando Arruda era candidato, todas as outras são do governo dele. Mas no discurso de ontem, afirmou que foi uma montagem de imagens tomadas há mais de três anos: “Nas últimas semanas nós fomos submetidos ao triste espetáculo de cenas, montadas com obvias motivações políticas. Fatos ocorridos há mais de três anos”.

Ele é desmentido pelas gravações. Em uma das imagens, vê-se a foto oficial de Arruda como governador em uma das paredes.

A história se repete: no episódio do painel do Senado, Arruda se desmentiu. Agora, é desmentido, de novo, pela foto oficial de governador eleito.

(Alexandre Garcia)